CONFORTÁVEL, LUXUOSO E COM UM BOM DESEMPENHO, ELE NASCEU SIMCA E DEPOIS FOI ADOTADO PELA CHRYSLER
Nem bem os estandes do Salão do Automóvel de 1966 tinham sido desmontados e uma das grandes novidades lá apresentadas já mudava de mãos. A Simca, que tinha mostrado o Esplanada, sua grande cartada para encarar a concorrência, foi comprada pela Chrysler. Num primeiro momento, a fábrica americana teve dúvidas quanto a colocar sua marca naquele quatro portas, sucessor do Chambord. E com razão: os primeiros Esplanada carregavam alguns dos defeitos que fizeram muitos proprietários de Simca se arrependerem do dia em que tiraram um da revenda. Mas os pontos fortes (suspensão, freios, direção e estabilidade) falaram mais alto e a Chrysler acabou bancando sua produção, afastando os boatos de que seria substituído pelo Valiant.
Uma das primeiras providências foi despachar dois carros para testes em Detroit. A matriz determinou que de imediato fossem feitas 53 modificações. Para conquistar os compradores, foi adotada uma política agressiva e inovadora. Quem investisse 19500 cruzeiros novos (65228 reais em valores de hoje!) num Esplanada tinha garantia de dois anos ou 36000 quilômetros. Uma ousadia. Em preço, ele empatava com o Itamaraty, a versão luxuosa do Aero Willys. E custava 5500 cruzeiros novos a menos que o Galaxie.
Mesmo sem que a Chrysler tivesse resolvido todos os problemas de origem - a embreagem teimava em patinar e o diferencial continuava roncando -, o carro começou a ganhar credibilidade.
Ao volante, fica mais fácil entender por que ele era um carro cobiçado. Mesmo com mais de 30 anos, continua com um fôlego de causar inveja a muito carro mais jovem. E só com três marchas.
O bom torque já aparece nas baixas rotações do motor de oito cilindros e 130 cavalos. Dá para rodar grande parte do tempo em terceira, com baixo nível de ruído. As marchas entram com facilidade e o pedal da embreagem - que tem acionamento hidráulico - é suave. Os freios não aceleram os batimentos cardíacos na hora de parar os mais de 1300 quilos do carro. E, acredite: a direção, sem assistência, é leve nas manobras. Não se ouvem barulhos de carroceria nem de suspensão, mesmo nas ruas de paralelepípedos.
Ao volante, fica mais fácil entender por que ele era um carro cobiçado. Mesmo com mais de 30 anos, continua com um fôlego de causar inveja a muito carro mais jovem. E só com três marchas.
O bom torque já aparece nas baixas rotações do motor de oito cilindros e 130 cavalos. Dá para rodar grande parte do tempo em terceira, com baixo nível de ruído. As marchas entram com facilidade e o pedal da embreagem - que tem acionamento hidráulico - é suave. Os freios não aceleram os batimentos cardíacos na hora de parar os mais de 1300 quilos do carro. E, acredite: a direção, sem assistência, é leve nas manobras. Não se ouvem barulhos de carroceria nem de suspensão, mesmo nas ruas de paralelepípedos.
O velocímetro vai até 200 km/h. Mas de acordo com o teste de QUATRO RODAS (maio de 1967), realizado com a versão mais despojada do Esplanada, o Regente, a velocidade máxima beirava os 160 km/h. De 0 a 100 km/h, levava 14,7 segundos. Belas marcas. Em compensação, fazia apenas de 4,5 a 6 km/l e sua autonomia ficava em torno de 250 quilômetros.
Para completar a linha, um modelo esportivo, o GTX, foi lançado em 1968. Decorado com faixas pretas laterais, tinha console de instrumentos e bancos individuais. Era considerado uma "máquina" pelos boyzinhos de então. De verdade, ele andava pouca coisa a mais, graças aos pneus radiais de maior diâmetro e à quarta marcha.
Para completar a linha, um modelo esportivo, o GTX, foi lançado em 1968. Decorado com faixas pretas laterais, tinha console de instrumentos e bancos individuais. Era considerado uma "máquina" pelos boyzinhos de então. De verdade, ele andava pouca coisa a mais, graças aos pneus radiais de maior diâmetro e à quarta marcha.
A vida do Esplanada foi curta, terminou em 1969. Foi o tempo suficiente para aquecer o público para a entrada no palco da estrela maior, o Dodge Dart de quatro portas, apresentado no final daquele ano pela Chrysler.
Na traseira, o discreto rabo-de-peixe acabava numa nada discreta lanterna.
O espelho no pára-lama dava um ar esportivo.
Madeira no painel, um clássico.
A Chrysler fez pequenos acertos no motor Emi-Sul, herdado dos Chambord.
Ele roda macio e silencioso. E quando se pisa no acelerador, o danado responde rápido.
Os bancos de couro davam um ar de importado.
Propaganda de Lançamento do SIMCA Esplanada
Relançamento sob a marca Chrysler