segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo

Esta é a última postagem do ano. Desejo a todos um feliz ano novo e muita felicidade a todos. Posto mais coisas no ano que vem. Acrescentei essa foto do Vigilante Rodoviário para conscientizar a todos sobre a segurança das estradas. Quando forem sair de férias, lembrem-se de viajar com segurança. Um grande abraço à todos...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Menos uma Fábrica, Mais uma Lágrima

Faço este post como um Luto, pois acabo de descobrir que o Shopping Plaza Mooca foi Inaugurado ( ando muito desenformado ultimamente), e com isso se encerra definitivamente mais uma história de montadoras. Com a Inauguração do Plaza Mooca, se encerra a Ford do Ipiranga, fábrica já comentada aqui no Blog em Fevereiro deste ano. a Fábrica foi Um marco para nossa história, pois foi nela que saiu o Primeiro caminhão da marca, o primeiro carro de passeio da marca e que acabou sendo o primeiro carro verdadeiramente moderno do Brasil. Nosso país é um país sem memória. quando fiquei sabendo ontem a noite que o Plaza Mooca foi Inaugurado, vi uma reportagem da TV Gazeta no You Tube. A emissora nem sequer teve a coragem de afirmar que ali houve uma fábrica da FORD, que foi desativada em 2000 e foi transferida pra São Bernardo do Campo. Que ali foi Uma fábrica pioneira no país, com o primeiro caminhão v8 a gasolina do país. a primeira em se preocupar com as necessidades do país a ponto de lançar três tipos diferentes de caminhões: pick-up F100, caminhão médio pra cidade F350 e o caminhão grande pra todas as necessidades, o F600. Aos fãs da Ford F1000, foi de Lá que ela saiu também. As primeiras pick-ups F250 e Courier saíram de lá também. O primeiro carro de Luxo verdadeiro fabricado no país o Gálaxie 500, também saiu de lá. o primeiro caminhão médio à Diesel do Brasil , o F-4000, também foi feito lá. não posso me esquecer também do primeiro trator da marca feito no País , o Ford 8BR. Tudo foi pioneiro aqui no Brasil. E tudo isso devemos à Ford do Ipiranga e seus empenhados e bravos Funcionários. Se vencemos de fato a grande competição automobilística de todos os tempos, devemos a Ford do Ipiranga. Se disse algo que não deveria peço desculpas, mas tinha que me desabafar. Aqui, posto mais uma vez as fotos da minha maquete da fábrica. Até mais e um grande abraço à todos.
Ford do Ipiranga
a Fábrica foi inaugurada em 1953
Fachada da fábrica
Oficina mecânica da fábrica
Fábrica de Motores do outro lado da Av. Henry Ford
Antiga pista de testes da fábrica
visão aérea da Fábrica
uma das últimas fotos da fábrica antes de vir abaixo
pátio da fábrica enquanto funcionava, com os tratores 8BR
fábrica da Ford em 1970
fábrica do Ipiranga em 1982, penúltimo ano da fabricação do Landau e último ano do Ford LTD.

sábado, 3 de dezembro de 2011

SIMCA CHAMBORD

Simca Chambord

AO VOLANTE DE UM DELES, NINGUÉM CHAMAVA CARRO NACIONAL DE CARROÇA. O RABO DE PEIXE É O TOQUE AMERICANO.

Os motoristas do Expresso Luxo, uma frota de carros que fazia - e faz até hoje - a ligação entre São Paulo e o litoral, desciam e subiam a serra várias vezes por dia. E qual era o carro preferido por eles? O Simca Chambord, quando a alternativa era o Aero Willys. "A suspensão era macia e a direção, muito leve, além de fazer mais de 200 mil km sem mexer no motor", diz Eloi Barufa, 73 anos e mais de 40 trabalhando no Expressinho, como era conhecido o serviço. Mas a verdade é que, no começo, pouca gente colocava a mão no fogo por ele. Seu apelido era Maestro, "um conserto (com "s") a cada esquina". Na verdade, o Simca Chambord, lançado em 59, vinha da França e era praticamente apenas montado aqui. Logo porém foi sendo tropicalizado, ganhando a confiança e a simpatia do público.

Apesar do V8 sob o capô, o Simca Chambord não tinha um desempenho eletrizante. No início, seu motor de 2 351 cc desenvolvia modestos 84 cavalos. E o torque só aparecia nas rotações mais altas. Por isso dava para saber com quarteirões de distância que um deles se aproximava. Para seus fãs, poucas sinfonias equivalem ao prazer de ouvir o inconfundível grito do V8 acelerando, característico devido à seqüência de explosões de um cilindro de cada lado. As versões seguintes foram ficando mais potentes. Mas o Simca só ganharia massa muscular de fato em 66, com a adoção do motor EmiSul com 130 cavalos.

Sua sofisticação incluía faróis de neblina incorporados à grade dianteira, um painel completíssimo com hodômetro parcial e um curioso sistema que fazia o retorno da alavanca do pisca, quando uma resistência aquecia depois de 3 segundos. Outra novidade do Simca, nos modelos entre 64 e 66, era o comando de avanço do distribuidor, recurso do qual poucos motoristas sabiam tirar partido. Mas excêntrico mesmo era o nome de algumas cores do catálogo, como ketchup metálico, para designar um vermelho-cereja.

Fizeram parte da família uma adaptação esportiva, o Simca Rally, o luxuoso Presidence (versão top de linha que tinha como opcional o estepe que ficava exposto atrás do porta-malas) e no outro extremo o Alvorada, uma versão "pé-de-boi" muito usada como táxi. No entanto, nenhum deles batia o charme da Jangada, a primeira station-wagon nacional e que na França se chamava Marly.

Hoje, é difícil alguém que não vire a cabeça para ver um Simca passar. Com o modelo da foto, um Simca Tufão 66, não foi diferente. E ao volante, a confirmação das qualidades que fizeram sua fama: a maciez e o conforto dão prazer de dirigir. Passar sobre o calçamento de paralelepípedos, mais do que alimentar a nostalgia, serviu para apreciar o bom trabalho da suspensão. O câmbio na coluna de direção, de três marchas, tem engates fáceis e é preciso manter o regime de rotações mais alto para não perder potência nas trocas de marcha. A boa visibilidade em todos os sentidos torna a condução mais confortável, assim como os bancos, para seis pessoas, revestidos de curvin. O modelo Tufão, já com motor de 100 cavalos, passou pelo teste de QUATRO RODAS em setembro de 64, quando foi apresentado. Seus números: 135,4 km/h de máxima e 23,3 segundos na prova de aceleração de 0 a 100 - uma eternidade.

O Simca desapareceu no início de 1967, quando a Chrysler assumiu o controle da fábrica. Foram fabricados 50833 carros e hoje é difícil encontrar modelos em bom estado, o que faz com que seu preço entre os colecionadores seja elevado às alturas. Mas difícil mesmo é encontrar quem queira vender.

A barra protetora sobre o pára-choque do Simca Tufão era opcional
A direção é leve...
... e os bancos de curvin, têm espaço para seis pessoas.
O V8 desenvolve 100 cavalos